quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

O porquê de ser mais um

Quando comecei a cogitar em escrever pensara eu que seria fácil produzir belíssimos textos de grande qualidade, com primor literário, objetividade e de fácil compreensão feitos de uma só canetada; não demorei muito a perceber que o lápis e a borracha seriam grandes aliados. Em ledo engano estava eu, envolto sob o manto da inexperiência que aqui se interpreta em teoria utópica não realizada na dura prática.

Decerto, não imaginei que uma simples folha em branco seria tão ameaçador obstáculo entre a incipiente semente literária que aqui vos escreve e a cátedra da Academia Brasileira de Letras. Brincadeiras a parte, a tempos atrás, começar em um blog não havia sido considerado, ainda mais que um blog não é feito para criação de peças literárias, mas sim um local que viabiliza a escrita sem as obrigações das exigências editorias, que no meu caso encaixara como uma luva, porém o fato de eu ser apenas mais um nas páginas da internet mostrava-se um claro incômodo.

A criatividade, faculdade esta que minimiza o incômodo, é o estímulo de sermos mais um, mais de um, sermos muitos, muitos em um só, é a materialização do ser diferente, é a força que nos move a sobressair da multidão, é a motivação de querer mudar o mundo, mesmo que esse mundo seja do tamanho de um blog, é a pluralidade de idéias em que apreendemos pontos que nos permitem, a cada dia, melhorarmos, é a diferença entre hoje estarmos sentados diante de um monitor de cristal líquido e a uma pretérita caçada com paus e pedras para saciarmos a fome.

Espero que com este texto possibilite motivar outras pessoas que sentem uma inexplicável vontade de escrever, que concretizem o sonho e que não se preocupem em ser mais um que escreve.

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