segunda-feira, 11 de junho de 2007

Onde foi que eu errei ???

Em uma família a organização de responsabilidades, direitos e deveres é feita de maneira bem definida. As atribuições e responsabilidades vão ganhando forma e escopo com o tempo, mas o nascimento dos filhos é um divisor de águas.

O pai precisa dar o exemplo para que os filhos tenham um horizonte de conduta e que essa possa ser mimetizada. Se o pai for de índole má será bem provável que os filhos o seguirão, já sendo detentor de uma reputação ilibada a sua prole terá grande probabilidade de também a ter. Mas nem sempre essa regra é inexoravelmente presente, porque vai depender também de quanto os pais gratificam os acertos e repreendem os erros de conduta dos filhos.

O governo sendo um pai para os seus cidadãos tem sido, de uns tempos pra cá, bem reticente e ausente na correção dos erros de seus “filhos”. A polícia federal tem apresentado a personalidade de um irmão mais velho: de orientar, de punir, de prender, de chamar a atenção para os descaminhos dos “irmãos”. Vem fazendo papel de alertar o pai para os problemas que as atitudes dos “irmãos” mancham a reputação da família.

Contudo o governo (o pai) totalmente alheio ao desvirtudes dos “filhos” juntamente com os representantes da justiça (a mãe) e acobertados pelos parlamentares (vovôs) fazem diariamente péssimos exemplos de uma família desgovernada.

O irmão mais velho PF bate, grita, prende e avisa o pai. O governo ausente como sempre vive falando que não sabe de nada e pede à mãe para cuidar do caso. A justiça com peninha maternal e com a ajuda dos vovôs parlamentares mandam soltar o coitadinho, filhinho de papai queridinho da mamãe. Ele não fez isto ou aquilo, meu filho não se mistura com essa gentalha.

Já os vizinhos, diga-se países, tentam ajudar dando conselhos, pedindo para ler a cartilha, querem investir, mas ainda se sentem inseguros se deixam seus filhos “estudarem” juntos com filhos desregrados que não tem limites que desconhecem as leis e que sobrevivem da impunidade. Não é a toa que cobram-nos mais transparência, lisura, menos burocracia e corrupção.

Não vai adiantar chorar depois pelo leite derramado, ficar se lamentando que a prole não aprendeu sobre o correto e os bons costumes e nem tampouco tampar os ouvidos para silenciar o eco da frase: “Onde foi que eu errei ???”.