sexta-feira, 25 de junho de 2010

Corrida. Esporte saudável. Pra quem?

É domingo. O sol brilha fraco não deveria, pois já são dez horas. O carro se arrasta lentamente a descida na avenida, não consigo ultrapassar. É estranho ?? É um domingo.

Pista cheia, o engarrafamento impera ou emperra. Não importa, agora são somente adjetivos ruins que descrevem o mar de carros. Cansado, chateado, estressado e outros “ados” mais completam o que sinto. Enfurnado na joia tecnológica veicular, andando como uma tartaruga, perdendo para o pedestre, o grito não contido ressoa e ecoa: Gente. Hoje é domingo, segunda é só amanhã. Meio envergonhado da exposição teatral penso: Parece que esqueceram de avisar para o senhor engarrafamento que final de semana não precisa dar expediente.

Em plena guerra emocio-neuronal interno à prisão de quatro rodas mais 30 minutos se passaram, estou cá eu pensando porque fazem carros que correm muito. De 0 a 100 em poucos segundos ou sei lá se tanto, para pistas que não conseguimos engatar uma terceira. O carro é a personalização do paradoxo que diz uma coisa e prega outra, filosofias a parte foi quando entendi o motivo da lerdeza. É um outro congestionamento, só que de gente. Estou dirigindo ou competindo numa avenida de seis faixas rasgada ao meio por cones reluzentes perfilados formando um funil. De um lado gente, do outro carros, pistas quentes de ferro fundido e de corpos ardentes.

É gente para todo o lado, de short e camiseta, da calça de malha e bustiê, pulando e se esticando. Cada um de no seu jeito, mas todos numerados no peito. São baixos e altos, fortes e magros, mas nenhum peso pesado, na verdade, corredores. O espetáculo é bonito muitas faixas e cores, tudo e todos com um só objetivo fugir da largada e alcançar a chegada. O desafio é você chegar sem quebrar e quem sabe até conquistar um melhor tempo para marcar. No esforço do pé, um de cada vez, mais rápido um atrás do outro.

A corrida é um esporte completo não só para o físico, mas também para o psíquico, pois invariavelmente o corpo diz que não dá, contudo a mente tende em teimar a continuar o ciclo do bem-estar. Há treinamento e planejamento tudo em conjunto para conseguir um novo desafio que não tarda em aumentar.

O homem é um ser que sempre quer mais, ir mais e não mede esforços para alcançar novos horizontes. Esse fato é transpassado na corrida onde a eficiência (melhores meios) e a eficácia (atingir objetivos) se alternam muitas vezes. Por exemplo onde o tempo para cada quilômetro é comparado com a própria prova, com corridas passadas ou até mesmo com a de outros atletas. Embora esse cenário no decorrer da prova os pratos da balança que contém a eficiência e a eficácia pendem de um lado para o outro. Ao final quem sempre prevalece é a eficácia pois o que realmente importa é chegar.

A eficiência, os meios, para alcançar a meta são deixados para trás. Fica claro essa situação ao ver o tsunami de atletas deixar na largada um oceano de copos de plásticos a deriva virar uma onda de lixo. Não sei como você se sente, mas me angustia ver essa fotografia ao avaliar em que medida seria benéfico um exercício saudável produzir grande insalubridade ambiental ? Todos nós sabemos que o plástico é um dos produtos mais poluente para a natureza demorando um século para se decompor.

Não sou contra o exercício ou a corrida tanto é que pratico, mas o que salta aos olhos é não termos atitudes que auxiliem e / ou não prejudiquem o meio ambiente. Penso, inicialmente, que um caminhão a carregar água potável com torneiras de bebedouros fizesse um melhor efeito.

A foz destes pensamentos é um ponto de reflexão sobre a eficiência e a eficácia não só para a corrida, mas em toda a gama de atividades de ser humano. Onde as consequências dessas ações reverberam nos mais inusitados campos. A lição que podemos nos dar é deixar o pragmatismo inconsequente para os animais irracionais e reescrevermos o ditado: “Os fins justificam os meios” para: Os necessários fins precisam de justos meios que valham a pena serem praticados.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Um texto sobre Direito

O texto aborda uma dinâmica histórica onde parte da formação das sociedades compostas de indivíduos com personalidades e necessidades concorrentes. Neste cenário as regras de convivência tornam-se necessárias pois os conflitos de interesses começam a emergir em diversas especializações tais como: autotutela, autocomposição e processo.

A autotutela seria a forma mais antiga de resolver os conflitos onde o mais forte ou mais poderoso impõe a sua vontade diante dos demais. Seria como um retrospecto da idade das cavernas. Tendo o homem evoluído nas regras de convivência permitiu o nascimento da resolução mais racional dos conflitos favorecendo o cenário para a concepção da autocomposição.

A autocomposição é apoiada pela lei porque legitima a vontade dos próprios participantes do conflito e facilita o trabalho judicial pois diminui a carga jurídica tendo somente o papel de formalizador do acordo.

O processo é a materialização do litígio onde as partes se confrontam no cenário que a autotutela e a autocomposição não prevaleceram. É também o instrumento carregado de normas e princípios onde o juiz se debruça, julga e processa. As regras impostas por essas normas moldam a face do Direito Processual que faz o desenrolar do processo à luz da lei de forma ordeira a situação conflituosa existente.

No desenvolver do texto traz o foco nos oito princípios do Direito Processual Civil que são: Devido processo legal; isonomia; contraditório e ampla defesa; juiz natural; motivação das decisões judiciais; inafastabilidade do controle jurisdicional; duplo grau de jurisdição e por fim da celeridade processual.

Continua a descrever o tripé das institutos fundamentais do Processo Civil que são: A juridição, a ação e o processo. Como resultado temos o detalhamento desses institutos em conceitos, características e condições dando subsídios ao leitor para melhor entendimento desse tripé.

A leitura traz características ímpares para facilitar a sua compreensão pois oferece ordem crescente de complexidade dos conceitos porque parte da generalização e vai até a especialização fornecendo equilíbrio na exposição de cada um dos tópicos.