terça-feira, 27 de março de 2007

O pragmatismo teórico

Ao narrar fatos, acontecimentos e histórias estamos de certo modo atrelados a eles. Não podemos inventar com o intuito de melhorar a audiência. A forma como se relata é importante, entretanto a essência do fato deve ser preservada. Estou motivado a falar disto porque fui questionado por eu está sendo mais um escritor que copia e cola os acontecimentos sem nada a acrescentar.

Esta situação é deveras importante, pois a audiência se pronunciou. É uma pena que é um parente próximo que levantou tal questão e se aproveitou do parentesco para não relatar por escrito, com um comentário, aqui no blog. Pedi, insistir, mas ele não quis registrar, contudo vamos ao trabalho.

O vocábulo acrescentar que finaliza o primeiro parágrafo pode ser interpretado em promover idéias pragmáticas que realmente resolvam os problemas sociais. Sociais uma vez que a maioria dos textos críticos que populam os jornais, revistas, blogs e a mídia em geral parafraseiam problemas governamentais que necessitam de respostas políticas.

Soluções políticas são ações que atingem a sociedade sendo somente executadas por representantes eleitos e legalmente investidos para tanto. Sabemos também que a imensa maioria destas ações não resolvem nada. A partir destas falhas é que sobram idéias das mais variadas estirpes para solucionarem os problemas.

A palavra pragmatismo aqui interpretada como um conjunto de textos com pretensões de solução-idéia que ditam como resolver os desajustes sociais e que se fossem postos em prática acabariam com as mazelas públicas. Já o termo teórico é tudo aquilo que não foi praticado que carece de efeito real-modificativo. Diante da exposição etimológica do pragmatismo teórico fica evidente que muitas soluções jazem no continuísmo teórico devido a serem postuladas por pessoas sem o poder de execução. Dentro deste cenário estas resoluções ganham classificações de sucesso ou fracasso conforme as expectativas, sintonias e/ou afinidades de quem as lêem com as idéias e ideais internos do escopo executivo do projeto.

Não que seja errado teorizar soluções, mas sim o exigir de escritores tratados governamentais imbuídos em êxito. Parto do princípio que é fácil elucubrar projetos que fiquem no papel, pois a probabilidade de serem executados é miníma e o traumatismo da expectativa de sucesso do projeto é inexistente. Neste ponto fica fácil a propagação de falácias pragmaticamente teóricas.

Ainda mais que o imediatismo impregnado na cultura brasileira fortalece a crença que o mais rápido é melhor. Exemplos vivos disto não faltam. Atenho-me somente aos problemas e as soluções dadas relativas à segurança pública e ao apagão aéreo denunciam por si que o trabalho não é sério. Criando resultados prosaicos de âmago paliativo onde o ditado “É melhor prevenir do que remediar” seria a melhor das soluções.

Dizem que um exemplo de sucesso deve ser copiado. Países que hoje estão na vanguarda do desenvolvimento adotaram simples remédio que contraria o parágrafo anterior que é o investimento em educação. Esta é a bandeira que levanto. A educação demanda tempo em que são necessário vários mandatos presidenciais sendo este o principal impedimento. É importantíssimo o desprendimento de não escrever o nome na história, pois os louros da vitória educacional não poderão colhidos no próprio governo, mas sim no governo de 30 a 40 anos no futuro. Assim sendo, precisamos exercitar a memória para que nos faça lembrar de quem fez e expurgar todos aqueles que nada fizeram quando puderam.

Graças à educação, faculdade esta, que me permite transmitir este texto até você, que torna esta sequência de letras, palavras, frases e orações em informação inteligível, que facilita nos interagirmos em uma só voz, via Internet, para que realize o sonho que é a capacidade interpretativa pudesse atingir todo um povo da mesma forma como a onipresente televisão penetra na mente das pessoas e fazer deste texto não ser mais um exercício de pragmatismo teórico.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Dinheiro como estupidificador intelectual

De pouco tempo pra cá temos sido constantemente informados que o clima da terra está mudando, seja em aumento da temperatura, seja em constantes e mais presentes intempéries e isto tudo como consequência do efeito estufa que é o acúmulo de gases que impedem a saída do calor da terra. Essas informações todo mundo já está cansado de saber, mas o que este texto evidencia é como o dinheiro estupidifica a ciência, fazendo-nos passar por ignorantes e alienados.

Os alertas referentes às mudanças climáticas já existem há mais de uma década. Foram ao longo deste período, apresentados por ativistas ecológicos, cientistas de pouca expressão e reconhecimento mais técnico-acadêmico do que propagandístico, isto não sendo indicativo de fragilidade argumentativa ou imperícia, mas sim de munição para empresas capitalistas que tem em seu bojo a cultura do lucro inescrupuloso, para denegrir qualquer ínfima notícia que utilize tais alertas e por fim calar toda a voz que ameace o seu status ou norma vigente do lucro fácil sem preocupações ambientais. Ou seja, a informação para ser factível e ter um certo tom de respeitabilidade precisa vir de meios sérios sendo veiculada pelas grandes redes, pelas autoridades que ditam o modo operandis do sistema.

O cume da imbecilização se deu no dia 01 de fevereiro de 2007 em Paris, capital da França, na conferência da ONU sobre o clima. Onde diversos “cientistas” e participantes chegaram a sublime conclusão que o aquecimento global é causado pelo homem. O que causa grande constrangimento é que estes cientistas, seres iluminados sob o arrepio da razão achem que a população, em geral, ostente na testa um atestado de burrice-néscio-contaminante (eu sei que esta palavra não existe mas o sentimento que se traduz é quase este) em pensar que somente agora depois da dita reunião, que a causa do aquecimento global pôde ser descoberta. Agora fica a pergunta no ar: Se não fosse a ação do homem na terra a causar tais problemas o que nós poderíamos indiciar para tanto?

Não iremos fazer um tratado de geologia, mas sim, contar um pouco de estória. Supondo que a terra tenha 100.000 anos de idade e de lá pra cá, vem sofrendo variações climáticas, de certo modo mensuráveis e previsíveis, com base em métodos estatísticos percebemos que as intempéries ocorrem dentro de certos padrões e períodos não muito voláteis. Dentro deste escopo, com a revolução industrial, com o aumento da emissão de gases poluentes, sejam de origem animal, mineral ou vegetal, com o cultivo agropecuário em larga escala em áreas dantes florestais e várias outras intervenções fazem daqueles padrões pretéritos comportados passarem a ser enormemente diferentes e amiúde mais mutáveis a cada ano. E essas intervenções são originárias da presença do homem e suas andanças pela terra em nome da sobrevivência.

Será que era realmente preciso reunir diversos cientistas, que tem toda vida científica patrocinada por empresas, que detém o pódio em poluição ambiental permitirem seus pupilos chancelarem pesquisas que contrariem seus interesses, chegassem a óbvia conclusão que o aquecimento global é culpa do ser humano ?

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

O problema do lixo tecnológico (e-lixo)

Hoje escrevo com um certo pesar sobre o problema dos resíduos da produção tecnológica e o qual não vejo solução imediata. Seria eu ingrato falar mal do equipamento que hoje uso por ele ser futuramente um peso ecológico, mas não podemos fechar os olhos para o que acontece com o e-lixo.

Existem diversos fatores que aceleram a produção do lixo eletrônico, mas um dos que mais prejudicam é a extração da matéria-prima que compõem os equipamentos. O níquel, metal este em abundância no nordeste goiano mais precisamente em Niquelândia e Barro Alto – GO, que são cidades altamente cobiçadas pelas mineradoras devido ao níquel de alta qualidade que serve para produção de CD´s e DVD´s. Em larga escala, os CD´s são ofertados com facilidade em mercados, shoppings e feiras, mas que logo logo estarão em algum lixão jogado ao relento, pois muitos servem de apetrechos de equipamentos que rapidamente estarão obsoletos em mais uma onda do modismo tecnológico. Isto sem falar nos CD´s e DVD´s de baixa qualidade fornecidos pelo mercado cinza do entretenimento.

A complexidade inerente aos circuitos do equipamento eletrônico dificulta o conserto isolado de um módulo já que este, sendo novo, é oferecido em muitas vezes a preços mais comedidos do que o próprio serviço de conserto. Como a placa contém metais pesados sendo não consertada irá jazer ao ar livre em algum lixão próximo agredindo o meio ambiente.

O trabalho da indústria de software fomenta sobremaneira a rápida obsolescência do hardware impulsionando na esteira mais equipamentos velhos a serem acumulados no aterro. No final do mês passado foi o lançamento do Windows Vista, sistema operacional da Microsoft, com muitas novidades que na verdade são mais perfumaria do que produtividade. Na troca do sistema, para o mínimo do sistema funcionar tem que trocar por mais poderoso: o processador, a memória, o disco rígido, a placa de vídeo, ou seja, um novo computador. O impacto ecológico com a chegada do Vista é tão grande que até o Greenpeace está engajado na luta contra o lixo tecnológico que irá ser produzido. Vide site da folha de São Paulo.

O status de quem vive da tecnologia conjuntamente com os ditames do estilizado modelo vigente acabam de minar qualquer força restante na economicidade racional perante o justo uso do equipamento.

Seria o caso de pensar em produzir tecnologia com respaldo ecológico em que a indústria já se comprometesse a buscar componentes que tenham características recicláveis, ou seja, utilizações de técnicas e insumos de menor ataque ambiental. Por exemplo, o papel eletrônico para visualização de textos serve na substituição (leia-se não compra) de monitores de vídeos e bem como na economia de papel. Vide Livro eletrônico, uma necessidade publicado em 12/01/2007.

O capitalismo selvagem empurra-nos equipamentos com preços forçadamente baixos que precisam de insumos caros (com o viés de compensação) e de pouco rendimento onde muitas vezes custam 50% ou mais em relação ao produto principal onde torna-se preferível a compra de um novo equipamento a abastecer-se somente do insumo. E sem falar que tudo isto vem envolto em nocivo plástico de difícil absorção pelo o meio ambiente. Pelo início do parágrafo temos a impressão de estarmos fazendo um bom negócio, mas não tardará que o resultado da empreita seja cobrado na forma de um mundo mais sujo chegando ao ponto da irreversibilidade, em que a homeostase ecológica não mais acontecerá.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Brasil e o crescimento do espetáculo

No começo era o espetáculo do crescimento. A mídia não cansava de publicar que agora é para valer e vinha o seu presidente a plenos pulmões dizer que o Brasil é o país do futuro, que vai crescer, será de primeiro mundo.

Como o tempo cura tudo não deixaria também de curar mais um surto psicótico do super homem da faixa verde-amarela. Não falo de um caso isolado, pois isto se repete a cada quatro anos sendo mais precisamente quando o cargo maior da república deixou de ser monopólio militar.

O assunto, o Brasil que não cresce, tem vários meandros e vertentes, mas por questão de espaço e tempo de vocês vou me ater em dois tópicos: A eleição da Câmara dos Deputados e o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A eleição da Câmara deixou as coxias do teatro eleitoral para receber os holofotes da imprensa. Neste cenário se cercar vira manicômio e se cobrir vira circo e onde o presidente espera a Câmara e Câmara espera o presidente demonstra que realmente estamos em um país de faz de conta. O palco está completo para confirmar que o processo não é sério começando que janeiro é um mês apático, fevereiro o da esbornia e que se junta em mais uma nova “pizza”, agora só falta a música de fundo dizer: “Vamos comemorar como idiotas. A cada fevereiro e feriado”. E a platéia amiúde cansada de ver o mesmo queimado filme, quer o ingresso de volta, fica estupefata com a rixa entre parlamentares para ver quem irá ter a caneta dourada assinar o temerário aumento dos pobres representantes políticos.

O PAC tem tudo para dar certo, mas tem um pequenino problema que é o país onde foi gerado, o Brasil, país que tem a maior carga tributária, a maior taxa de juros, a maior das piores distribuição de renda, a maior corrupção, a maior impunidade não poderia também deixar de ser o maior concentrador de tudo o que há de pior para um país crescer. Como se já não bastasse temos ainda que lidar com a fogueira de vaidades dos partidos políticos, onde o que se planta, nada dá.

Tudo bem o programa é muito bonitinho ainda mais do jeito que foi panfletado já era para está sendo executado, mas esqueceram de dizer que o Brasil também tem troféu em burocratizar. Pra começar: o Congresso tem que aprovar, a esquerda se vangloriar, a direita com recurso entrar, a Câmara presidente apresentar, o STF julgar, o MPU julgamento confirmar, o político cueca estufar, o governo mais arrecadar, o povo menos ganhar, a população rezar, o papa abençoar, os planetas alinhar e se agora o texto rimar não estranhe o espetáculo do crescimento não vingar e o crescimento do espetáculo aumentar.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A dificuldade em ler

A grandiosidade e a extensão do Brasil não é refletida na quantidade de pessoas devotadas a leitura. Nota-se que em diversos eventos culturais há um número bem menor de pessoas que vão às feiras e encontros quando comparado ao tamanho da população. Esta discrepância quantitativa é merecida por diversos fatores, mas que giram em torno deficiência escolar.

Antes de externar os fatos, mais precioso seria um exame de auto-conhecimento que denotaria termos problemas de ordem salutar na população que atrapalham a leitura. Dos cinco sentidos, a visão é de longe a mais importante para a leitura. Se esta faculdade estiver defeituosa, a qualidade do aprendizado também será precária. Aliada ao custo de uma consulta oftamológica, grande parte da população apresenta vários problemas de vista: Catarata, olho seco, miopia e vista cansada são algumas das enfermidades que se apresentam como inimigos da boa leitura.

A falta de conhecimento e a ignorância favorecem a proliferação de maus costumes em relação à leitura; já não é fácil sair da inércia cultural, pois a falta de bons leitores-exemplos pioram e dificultam a escalada no hábito de ler, e o desconhecimento que um bom local de leitura propicia são fatores que deveriam ser combatidos com boas idéias, tais como: grupo de discussão nas escolas e bairros, criação de locais apropriados a leitura com boa iluminação, baixo nível de ruído, diversidade de textos e periódicos e uma maior divulgação da agenda cultural da cidade são pontos centrais a serem desenvolvidos.

A incipiência no contato com a leitura demonstra a necessidade de textos inicializadores que não amedrontem os leitores. É comum nas escolas primárias já envolverem os alunos em textos da alta literatura de extremo rebusco que mais fazem assustar do que formar futuros leitores. É prioritário nesta fase conquistar a confiança dos alunos com textos de fácil compreensão e aprendizado.

Uma pessoa que não lê será um gerador de não leitores. A natureza nos coloca um desafio: se somos pais sem intimidade com a leitura, como faremos que nossos filhos sejam assíduos em ler? O aprendizado inicial se dá na forma do exemplo, sendo este ponto vital para a não perpetuação do ciclo do não ler.

A moral da estória não se resume na dificuldade de ler, mas sim provocar a motivação para criar uma massa cultural dinâmica que possa ajudar e incentivar o próximo a imergir nas águas promissoras da arte da leitura.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

A sutil invasão de privacidade

Não faz muito tempo que impera a necessidade de interagir, de inserir-se na comunicação onipresente. A sociedade impõe-nos com urgência estarmos sempre disponíveis para qualquer um e em qualquer situação, já para as empresas é importante o controle de tudo que é produzido e até mesmo se conseguiu atingir o objetivo maior que é chegar ao consumidor sendo este mais um número em estatísticas de fidelização.

A tecnologia do sempre conectado surgiu de forma explícita para encurtar as distâncias e dar segurança ao cidadão, neste ponto de vista já domesticado pelo império do medo, o cidadão aceita complacentemente qualquer coisa que carregue o lema “para a sua proteção” e implicitamente esta tácita tecnologia embrenha-se para gerenciar perfis de consumo com técnicas mais sutis e invasivas.

O celular nosso amigo de toda hora, ou melhor de todo o segundo, demonstra a cada Natal que é o presente da vez, a abrangência que atinge seja em qual camada social for, é cada vez maior chegando o índice de uso ser superior a um celular por pessoa em algumas cidades. É a tecnologia encorpada em localizador camuflado, pois permite perimetrar as andanças de quem a usa, é a nova tática para triunfar na guerra entre fixos e móveis. Para que não pensem que seja loucura, algumas operadoras de celular em mais uma dessas promoções, propagandeam que o equipamento móvel passaria a ser similar a um fixo com preços módicos. Para obter tal benefício é necessário seguir um ritual que deve ser feito dentro de casa conforme a praxe da operadora. Agora não ache estranho se o celular passasse a ser chamado de dedurador-de-localização-telefônico.

Já outra tecnologia de comunicação é o GPS (sistema de posicionamento global) que permite localizar um objeto que a contenha, está cada vez mais presente na sociedade, seja para rastrear a integridade de um caminhão, avião ou navio, seja para facilitar a locomoção nas cidades. Esta presença, já está em certo ponto tão profunda que serve aos paranóicos transformarem o objeto em parte do corpo humano vislumbrando em proteção anti-sequestro. É a tecnologia avançando em nome da segurança.

Com o crescimento da cadeia de produção as empresas estão ávidas por um melhor e detalhado controle. Esta melhoria está sendo implantada por meio de etiquetas inteligentes denominadas RFID. Intrinsecamente elas contém informações do produto tais como: conteúdo, fabricante, validade e a mais interessante a localização, pois estas etiquetas emitem ondas de rádio-frequência que possibilitam obter os dados citados isto quando próximos a determinados receptores eletrônicos.

Fica o pensamento que em futuro não muito distante ao sair de um supermercado, o cliente não passará mais por caixas registradoras, mas sim somente por uma saída em que fornecerá o seu cartão de crédito já com as compras todas contabilizadas. Mas persiste a seguinte dúvida, será que os RFID's uma vez completado o objetivo de chegar ao consumidor cessarão de emitir o sinal ou ao aproximar de outro “inocente” receptor eletrônico voltaram a dedurar a sua localização ?
Não pense que estou falando do seu novo brinquedo que permite navegar na Internet sem aqueles emaranhados de fios. Pensando melhor, talvez a sutil invasão esteja só começando.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Livro eletrônico, uma necessidade

A escrita, esforço de transferir o pensamento para o papel não mudou ao longo do tempo, porém o meio que transmite a mensagem vem se transformando rapidamente. No princípio era um composto de algodão, chamado papiro, já com a produção em larga escala, transformou-se em papel que modificou-se de tamanho, forma e principalmente exponenciou a sua produção. Para minimizar os problemas de tal fato, a informática já se prontificou a criar tecnologia que substituirão os livros de papel.

Com o advento da evolução industrial e da tecnologia, o consumo de papel cresceu vertiginosamente. A produção mensal de textos foi alavancada a casa dos milhões, basta ver o volume de artigos, revistas e livros que são lançados.

De fato, os gastos com papel crescem ininterruptamente, ainda mais com a enxurrada de publicações que se propagam diariamente pela internet, sendo que muitos destes textos serão impressos isto devido a diversos fatores: a leitura demorada em um monitor de vídeo, mesmos para os mais avançados tecnologicamente como os de LCD, trazem consigo o desconforto da posição de leitura, da ofuscante claridade que cansa a visão e da falta do “aconchego” do texto nas mãos.

O aumento do montante de livros avança sem descanso. É notadamente visível que os textos aumentam, não só em tamanho, mas também na quantidade. Fica fácil perceber que o volume de páginas de um livro cresce a cada edição. Na atual situação, o crescimento da especialização vem favorecer a multiplicidade de títulos e o crescimento da abrangência dos temas. A consequência deste tópico se faz presente nas mochilas com rodinhas, na má postura e na coluna vertebral que nos avisa sobre o “peso cultural” que levamos.

Com tamanha voracidade pelo saber o ser humano inflige à natureza pesado tributo. Os ambientalistas chamam amiúde atenção para o consumo desenfreado de papel que faz reduzir várias florestas a um monte de resmas. Não faltam estatísticas que a produção de papel traz enorme impacto ambiental, levando em conta que para produzir uma tonelada de papel são necessários três toneladas de madeira, vinte e cinco mil litros de água e considerado consumo de energia elétrica nos fazem pensar em rever conceitos.

Diante do cenário acima montado, a contra-partida também se apresenta pela via tecnológica, diversas empresas, tais como a Philips, Sony e Irex Technologies (desenvolvedora do ebook Irex Iliad, vide: http://www.irextechnologies.com/) estão enveredadas em avançadas pesquisas na produção de artefatos que substituirão os livros de papel sem nada a dever, seja em leveza, design e comodidade.

Os livros eletrônicos ou ebooks, denominação sugerida para estes equipamentos, são produzidos com a inovadora tecnologia da tinta eletrônica (http://www.eink.com/) a qual permite a visualização perfeita, até em dias claros, de textos sem o incômodo da iluminação direta dos dispositivos hoje produzidos sem esta tecnologia.

Com tais funcionalidades, os ebooks minimizam os gastos com papel, com textos disponibilizados no livro eletrônico não necessita impressão, com uma biblioteca virtual, pois permitem o armazenamento de dezenas de livros, evita-se o ato de carregar pesados e volumosos livros e com a possibilidade de fazer anotações, ser um bloco de notas. Por esses e ademais motivos faz do livro eletrônico um produto de grande aceitação e abrangência de atuação.

Os parágrafos acima, sobre livros eletrônicos, não têm a pretensão de esgotar tão vasto assunto, mas sim de colocar o foco em importante tema que é a disseminação da leitura pela tecnologia digital, desta maneira protegendo o indivíduo e o meio ambiente.
E a natureza agradece. ;-)